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ESTÁTICA: TORQUE – o que é, como usar e quando usar.

Um assunto recorrente no vestibular mas que muitos alunos têm muita dificuldade é a estática de corpo extenso. Isso porque há um conceito novo: o torque.

Com um exemplo prático vou tentar explicar como calcular o torque e como usar isso na resolução de um problema.

Para começar, vamos abordar alguns assuntos importantes que talvez você não conheça. São eles:

  1. Ponto de giro;
  2. Torque;
  3. Linha de ação;
  4. Braço.

O que é ponto de giro? Na verdade, é um ponto qualquer que você escolhe no seu problema. Vamos deixar assim, meio abstrato mesmo, depois veremos melhor o que é isso.

Torque é o produto da força pelo braço da força. Legal, mas o que é braço?

Braço é a distância entre o ponto de giro e a linha de ação da força. Tá ficando engraçado, pois o que é linha de ação de uma força?
Seja uma força qualquer: desenhe uma linha tracejada que passe por cima do vetor força. Esta linha é a linha de ação da força.

Vamos juntar alguns conceitos novos na lista abaixo, pois são conceitos importantes:

Vamos ver alguns destes conceitos, de forma mais abstrata, em um desenho.

Como braço é uma distância, vamos chamá-lo de d, assim a definição de torque é:

\(T=F\cdot d\). \(\;\;\;\;\;\) EQUAÇÃO (1)

Vamos complicar um pouco mais, porém com o objetivo de explicar melhor os conceitos e no final simplificar (você vai ver que na maioria dos problemas, as coisas serão bem mais simples… só estou tentando explicar os conceitos corretamente).

Uma força alternativa de calcular o torque (você vai ver a formula a seguir em alguns livros) é:

T=Fr⋅senθ.

Aqui, usei r, que é a distância entre o ponto de giro e o local onde a força é aplicada. O ângulo θ é o ângulo entre o vetor posição \(\vec r\) (vetor com origem no ponto de giro e final onde a força é aplicada) e a força \(\vec F\). Vejamos em desenho:

Lembre-se que o ângulo entre dois vetores é o menor ângulo entre eles quando ambos estão com uma origem em comum. Assim, vamos colocar os vetores força e posição com a mesma origem.

Voltemos à figura anterior e verifiquemos que r⋅senθ=d

, isto é, é o braço que eu havia definido lá no começo.

Da figura acima, vemos que

$$sen\theta=\frac{cateto\;oposto}{hipotenusa}\Rightarrow$$

senθ=dr

d=r⋅senθ.

Para um sistema ficar em repouso, além da soma das forças ser zero, é necessário que a soma dos torque sejam nulas. Por exemplo, digamos um corpo extenso sobre o qual agem duas forças: o peso e mais uma força que você faça. Por exemplo, uma caneta. Mesmo se a força que você fizer nela for igual ao peso, dependendo de onde você aplica, a caneta não fica em repouso. Na figura abaixo, temos uma caneta com a força peso representada no seu centro de massa:

Digamos que você faça uma força sobre ela idêntica ao peso, mas para cima. Com certexa, o centro de gravidade da caneta não irá mudar a altura, mas a caneta irá girar. Veja isso no desenho abaixo:

Intuitivamente, percebemos que a caneta gira no sentido horário (em relação ao ponto onde está aplicada a força peso que pode ser o ponto de giro escolhido para este problema). Veja que aqui teremos um torque. Vamos indicar a rotação da caneta e o torque que age nela.

Olha como o braço fica fácil de ser identificado, veja também que se você imaginar o ponto de giro fixo, vemos o sistema girando no sentido horário em torno do ponto de giro. Outra coisa interessante é que se você escolher o ponto de giro como sendo onde está aplicada a sua firça, não tem proble, pois podemos imaginar que a caneta gira em torno do ponto que você escolheu. Veja isso na figura abaixo e perceba que a conclusão é a mesma: a caneta gira no sentido horário.

Nesta situação, o torque no sentido horário é:

T=F⋅(Braço)

ou, que da a mesma coisa:

T=FP.

Mas o que nos interessa é que o sistema não gire, então vamos colocar mais uma força nesta caneta para que ela não rotacione. Logicamente, a soma das duas forças que você irá fazer deve ser igual ao peso da caneta, então vamos impor isso:

F1+F2=P

Neste caso, o torque no sentido horário (\(T_{horario}=F_1\cdot d_1\)) deve ser igual ao torque no sentido anti-horário (\(T_{anti-horario}=F_2\cdot d_2\)). Assim, podemos escrever que:

\(T_{horario}=T_{anti-horario}\)

ou ainda que

\(F_1\cdot d_1=F_2\cdot d_2\)

Felizmente, a maioria dos problemas é fácil localizar os braços e forças.

Legal, mas se tivermos forças de 1 a 5 tentando girar no sentido horário e 6 à 10 no sentido anti-horário, como faríamos?

Somamos os torque no sentido horário e igualamos ao torque no sentido anti-horário.

\(F_1 \cdot d_1 + F_2 \cdot d_2 + F_3 \cdot d_3 + F_4 \cdot d_4 + F_5 \cdot d_5 =\)

\(F_6 \cdot d_6 + F_7 \cdot d_7 + F_8 \cdot d_8 + F_9 \cdot d_9 + F_10 \cdot d_10\).

Podemos usar o simbolo de somatório para simplificar e generalizar.

Sejam m forças agindo no sentido horário e n forças no sentido anti-horário. Para que um corpo extenso fique em repouso (estático) é necessário que a soma dos torque no sentido horário seja igual à soma dos torque no sentido anti-horário, isto é:

\(\sum_{i=1}^{m}F_i \cdot d_i=\sum_{j=1}^{n}F_j \cdot d_j\). \(\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\)EQUAÇÃO (2)

Espero que isso ajude você que possui algumas dificuldades com este assunto.

Ah, mas será que respondi à todas as perguntas? Acho que não. Então vamos lá:

O que é?

A equação (1) responde a essa pergunta.

Como usar?

Você soma todos os torque em um sentido (por exemplo, horário) e iguala à soma dos torques no sentido oposto(por exemplo, anti-horário).

Quando usar?

Sempre que tivermos um exercício de física que trata de um corpo em repouso porém este corpo não pode ser considerado pontual. Ou seja, usamos quando o problema trata de estática de corpo extenso.

Em breve, pretendo fazer algumas resoluções de exercícios de estática e disponibilizar aqui para vocês. Quando fizer, colocarei neste mesmo post um adendo com os exercícios e caso eu demore para fazer isso, crio um novo post só para apontar para este daqui.

Acoplamento de engrenagens: Bicicleta

Veja abaixo a animação feita na plataforma Desmos. Observe que a velocidade dos pontos na corrente, coroa (A) e catraca (C) são iguais.

Já entre a roda (C) e a catraca (B) o que são iguais é: período (T), frequência (f) e velocidade angular (ω).

Assim, da animação acima e da discussão anterior:

$$v_A=v_B \Rightarrow \omega_A\cdot R_A=\omega_B \cdot R_B.$$
Além disso, como
$$\omega=\frac{2\pi}{T}=2\pi f$$
então
$$\frac{R_A}{T_A}=\frac{R_B}{T_B}$$
e
$$R_A\cdot f_A=R_B \cdot f_B.$$

Por outro lado, como a roda (C) e a catraca (B) possuem eixo em comum, então:
$$T_B=T_C;$$
$$f_B=f_C;\;\rm e$$
$$\omega_B=\omega_C.$$
Pela equação do movimento circular:
$$v=\omega \cdot R \Rightarrow \omega=\frac{R}{v},$$
então também temos a relação
$$\frac{R_A}{v_A}=\frac{R_B}{v_B}.$$

Veja também o gif abaixo, feito a partir da animação no Desmos.

Aguarde... Carregando.

Bicicleta Animada: coroa (A), catraca (B) e roda (C). Observe que quando a roda da uma volta, a catraca também dá.

Animações em física

Este é uma postagem que parece um tanto quanto aleatória, porém a intenção é compartilhar TODAS  as animações que fiz no DESMOS.

Usando a calculadora gráfica deles, é possível fazer muitas e muitas animações, assim esta postagem é para compartilhar tudo o que venho feito.

Vamos lá…

MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

 

 

ONDA COMO UMA SEQUÊNCIA DE MOVIMENTOS HÃRMÔNICOS

 

ACOPLAMENTO DE ENGRENAGENS

 

VELOCIDADE DE UMA ONDA EM FUNÇÃO DA PROFUNDIDADE

 

 

REFLEXÃO DE UMA ONDA CIRCULAR

 

 

SISTEMA MASSA MOLA

 

COLISÃO BIDIMENSIONAL

 

MÁQUINA DE ATWOOD

 

 

Possuo diversos outros materiais, mas que disponibilizarei conforme for melhorando-os.

 

Cone de Mach

  • Se uma fonte de ondas mecânicas viaja a uma velocidade superior às ondas produzidas, o conjunto de ondas produzidas permanecerão sempre dentro de um cone (caso tridimensional).
  • Este cone é chamado de cone de Mach.
  • A figura a seguir representa tal ideia.

Cone de Mach representando o ângulo de Mach θ e as distâncias percorridas pelo avião e pelo som.

dS: distância percorrida pela onda (som, por exemplo)

dA: distância percorrida pela fonte (avião, por exemplo)

θ: ângulo de Mach

  • Por geometria, temos:

$$\sin \theta=\frac{d_s}{d_A}$$

  • Note que se o ângulo for medido e a velocidade da onda conhecida (esta hipótese é bem razoável) então podemos determinar a velocidade do avião:

$$d_A  = {{d_S } \over {{\mathop{\rm sen}\nolimits} \theta }}\mathop  \Rightarrow \limits^{ \div \Delta t} {{d_A } \over {\Delta t}} = {{{{d_S } \over {\Delta t}}} \over {{\mathop{\rm sen}\nolimits} \theta }} \Rightarrow $$

$$v_A  = {{v_S } \over {{\mathop{\rm sen}\nolimits} \theta }}$$

  • Unidade mach:
    • É comum ouvir em filmes que a velocidade de um avião supersônico é mach 1, por exemplo. Esta medida expressa de quantas velocidade do som corresponde à velocidade do avião. Por exemplo, mach n significa que a velocidade do avião é

$$v_{A}  = n \times v_{S} $$

  • Note como o ângulo se relaciona com a unidade mach:

$$v_A  = {{v_S } \over {{\mathop{\rm sen}\nolimits} \theta }} \Rightarrow n \cdot v_S  = {{v_S } \over {{\mathop{\rm sen}\nolimits} \theta }} \Rightarrow $$

$$n = {1 \over {{\mathop{\rm sen}\nolimits} \theta }} \Leftrightarrow {\mathop{\rm sen}\nolimits} \theta  = {1 \over n}$$

Observe a simulação a seguir. Acesse o link ao lado para interagir: https://www.desmos.com/calculator/9qaa4pa6fp

Ondas estacionárias

Algumas animações sobre ondas estacionárias… Todas elas podem ser acessadas no Desmos, simulações estas que podem ser modificadas deliberadamente. Seguem os links:

Tubo com duas extremidades fechadas: https://www.desmos.com/calculator/furozafpzb

Tubo com ambas as extremidades abertas: https://www.desmos.com/calculator/hhpc9jfdbl

Tubo com uma extremidade aberta e outra fechada: https://www.desmos.com/calculator/grdqitedta

Vamos imaginar uma corda de comprimento L e produzir uma onda nela: o resultado que vamos obter corresponde à uma onda parada, uma vez que a onda fica presa na corda e acaba interferindo-se com ela mesma.

Tal assunto também é abordado quando falamos de tubos sonoros, no entanto somente poderemos falar de tubos sonoros quando tivermos um tubo com uma extremidade aberta (chamado tubo fechado) ou com ambas abertas (chamado tubo aberto). Se ambas as extremidade forem fechadas, então NÃO temos um tubo sonoro.

ONDA ESTACIONÁRIA COM AMBAS AS EXTREMIDADES FIXAS

Seja o primeiro harmônico:

Primeiro Harmônico ou Harmônico fundamental.

Observe nós vemos apenas metade de uma onda, logo podemos dizer que o comprimento da onda aqui presenta é: $$L=\frac{\lambda_1}{2}\Rightarrow$$ $$\lambda_1 = 2\cdot L.$$

Vamos para o segundo harmônico:

Segundo Harmônico.

Note que agora o há exatamente um comprimento de onda dentro do tubo, com isso temos $$L=\lambda_2\Rightarrow$$ $$\lambda_2=L$$

Observe que agora no terceiro harmônico temos mais meio comprimento de onda dentro do tubo:

Terceiro Harmônico.

No terceiro harmônico temos: $$L=3\cdot \frac{\lambda_3}{2}\Rightarrow$$ $$\lambda_3=\frac{2L}{3}.$$

Se continuarmos com os demais estados estacionários vemos que o caso geral para o n-ésimo harmônico é $$\lambda_n=\frac{2L}{n}.$$

Vamos continuar com mais animações de estados estacionários.

Quarto Harmônico.

Quinto Harmônico.

Sexto Harmônico

Sétimo Harmônico.

Oitavo Harmônico.

Nono Harmônico.

Décimo Harmônico.

Se estivermos falando de uma onda numa corda, podemos usar a equação de Taylor, isto é:

$$v=\sqrt{\frac{F}{\mu}}\Rightarrow$$

$$\lambda_n\cdot f_n=\sqrt{\frac{F}{\mu}}\Rightarrow$$

$$\frac{2L}{n}\cdot f_n=\sqrt{\frac{F}{\mu}}\Rightarrow$$

$$f_n=\frac{n}{2L} \sqrt{\frac{F}{\mu}}$$

Nos próximos casos, fica como exercício demonstrar tais relações, apresentadas a seguir. Alguns gifs estarão no corpo do texto para tentar auxiliar você a chegar nestas equações, mas os links no início do texto permite que você veja todos os harmônicos, basta clicar para exibir alguns gráficos.

Qualquer dúvida poste aí…

ONDA ESTACIONÁRIA COM AMBAS AS EXTREMIDADES LIVRES (OU TUBO COM AMBAS AS EXTREMIDADES ABERTAS – CHAMADO TUBO ABERTO)

Alguns harmônicos:

Primeiro Harmônico.

Segundo Harmônico.

Terceiro Harmônico.

Quarto Harmônico.

Tente encontrar assim o seguinte padrão para o n-ésimo harmônico:

$$\lambda_n=\frac{2L}{n}$$

Décimo Harmônico.

O resultado é portanto igual ao anterior:

$$f_n=\frac{n}{2L} \sqrt{\frac{F}{\mu}}$$

ONDA ESTACIONÁRIA COM UMA DAS EXTREMIDADES LIVRE E OUTRA FIXA (OU TUBO COM UMA EXTREMIDADE ABERTA E OUTRA FECHADA – CHAMADO TUBO FECHADO)

Não fique esperando que neste último caso será igual… Na verdade, você verá (isso mesmo, tente desenhar num papel) que é possível colocar 1/4 de um comprimento de onda dentro do tubo, mas não 2/4, isto é, meio comprimento de onda. Você verá que somente um número ímpar de quarto de onda pode ser colocado dentro do tubo.

Faça os desenhos e tente verificar que

$$\lambda_n=\frac{4L}{n},\;\;n\;\;\text{ímpar}.$$

Veja as figuras e tente ver se verifica isto…

Primeiro Harmônico.

Terceiro Harmônico.

Quinto Harmônico.

Sétimo Harmônico.

Nono Harmônico.

Observe e conte quantos quartos do comprimento de onda aparece em cada caso. Apenas para ilustrar, veja a configuração do 19° harmônico:

Décimo nono Harmônico.

Com isso tudo podemos verificar que

$$f_n=\frac{n}{4L} \sqrt{\frac{F}{\mu}},\;\;n\;\;\text{ímpar}$$

RESUMINDO

  • Cordas com duas extremidades fixas: $$f_n=\frac{n}{2L} \sqrt{\frac{F}{\mu}},\;\;n=1,\;2,\;3,\;4,\;5…$$
  • Cordas com ambas as extremidades livres: $$f_n=\frac{n}{2L} \sqrt{\frac{F}{\mu}},\;\;n=1,\;2,\;3,\;4,\;5…$$
  • Cordas com uma extremidade livre e outra fixa: $$f_n=\frac{n}{4L} \sqrt{\frac{F}{\mu}},\;\;n=1,\;3,\;5,\;7,\;9…$$

Sendo F a força de tração na corda pela qual a onda percorre e a densidade linear da corda dada por $$\mu=\frac m L$$ sendo m a massa da corda e L o comprimento da corda. Note que consideramos que o comprimento da corda é L e que mesmo com a onda na corda o comprimento da onda não se altera. Isso porque a amplitude das ondas são pequenas, portanto todas as figuras anteriores estão muito exageradas…

Exercícios sugeridos

Abaixo uma lista de exercício mais geral sobre ondulatória para você praticar.

http://fisica.professordanilo.com/download/2019/3COL/MC%203%20col%20Folha%2014%20Ondulat%C3%B3ria%20-%20Exerc%C3%ADcios%20Ondas%20Estacion%C3%A1rias.pdf

Bons estudos!

Interferência de ondas (pulsos)

Pulso em uma onda

Imagine que você tenha uma corda e nela você produz um pulso, como na figura a seguir.

Falha no carregamento

Um pulso se propagando em uma corda esticada.

No outro extremo da corda você produz novo pulso, de amplitude diferente. Digamos, com uma amplitude três vezes maior:

Pulso produzido em uma corda e se propagando para a esquerda.

Observe a figura a seguir se você não se lembra o que é amplitude de uma onda onde mostramos duas “fotografias” dos dois pulsos e comparamos as suas amplitudes.

As duas ondas são representadas na figura: note que um dos pulsos (o que se propaga para a esquerda) possui amplitude três vezes maior que a outra (que se propaga para a direita).

Interferência construtiva

Agora imagine que ambos os pulsos sejam produzidos simultaneamente: um se propagando para a direita, de amplitude A e outro para a esquerda de amplitude 3A, o que teríamos? Basta ver a figura a seguir:

Observe que quando as ondas ocupam o mesmo local na corda elas se sobrepõem. No final é como se somássemos duas funções matemáticas.

Para melhorar a visualização, veja a figura a seguir onde demos uma pausa no exato instante em que emas se sobrepõem e, na figura logo abaixo, mostramos uma “fotografia” desse instante. Ou seja, quando as ondas se sobrepõem, no exato instante da sobreposição elas se somam, mas logo após esse encontro (que chamamos de interferência) cada uma segue seu caminho como se nada tivesse acontecido.

Somando dois pulsos dando uma parada no exato momento de interferência construtiva (quando ambas as amplitudes apontam para um mesmo lado).

As figuras a seguir mostram instantâneos (“fotografias”) antes, durante e depois a interferência ou sobreposição.

Figura representando instantâneo da onda sendo representadas as velocidades dos pulsos e as amplitudes.

Instantâneo da sobreposição dos pulsos.

Instantâneo das ondas após a sobreposição.

Note portanto que a amplitude resultante é a soma das amplitudes:

$$A_{resultante}=A_1+A_2$$

Em nosso caso:

$$A_{resultante}=A+3A=4A$$

Observe que isto é válido em TODOS os instantes, não apenas no instante em que as ondas se sobrepõem.

Interferência destrutiva

Agora, imagine que dois pulsos sejam produzidos em oposição de fase, isto é, um possui crista para cima (digamos, o que se propaga para a direita com amplitude A) e o outro com crista para baixo (em oposição, portanto, o que se desloca para a esquerda, de amplitude -3A). Note que vamos considerar que para cima é positivo, assim, observando as figuras abaixo, que são auto-explicativas, vemos que as ondas se sobrepõem e, no caso das ondas serem da mesma forma, a amplitude resultante será a soma das amplitudes.

$$A_{resultante}=A+(-3A)=-2A$$

Pulsos com oposição de fase se interferindo.

Pulsos de ondas interferindo destrutivamente: três instantâneos mostrando antes, depois e no exato instante de máxima sobreposição.

Interferência totalmente destrutiva

Se as duas ondas que sofrem interferência destrutiva tiverem amplitudes de mesmo módulos, porém opostas (uma para cima e outra para baixo) em algum instante a interferência será totalmente destrutiva, ou seja, em um instante a onda deixa de ser visível e o fio fica retilíneo como se nenhuma onda existisse nele.

Veja as duas próximas animações onde apresentamos ondas interferindo-se em “tempo real” (próxima figura) e com uma pausa no exato instante de interferência destrutiva (figura posterior).

Duas ondas de amplitudes de sobrepondo.

Observe que cada quadro da animação foi sendo mostrado mais lentamente com o intuito de mostrar que, em certo instante, a sobreposição das ondas tona-se nula.

Simulação

Nada como tentar fazer você mesmo(a). A seguir disponibilizo as simulações para vocês brincarem um pouco.

 

E agora, esta preparado(a) para fazer alguns exercícios? No comentário deste artigo tem alguns links para exercícios externos, mas tem uma listinha daqui, do professordanilo.com

Clique aqui para baixar.

Equação de Taylor e a velocidade de uma onda em uma corda

Já que estamos falando de um pulso em uma corda, qual seria então a velocidade com que este pulso se propaga na corda?

A resposta é dada pela equação de Taylor apresentada a seguir:

$$v=\sqrt{\frac{F}{\mu}}$$

Sendo a tração no fio, que no sistema internacional é medido em newtons (ou abreviadamente N). O outro termo, no denominador, é a densidade linear e se calcula dividindo a massa m do fio pelo seu comprimento L:

$$\mu=\frac m L$$

 





Curso Completo de Eletromagnetismo – Graduação – UFSM

Curso completo de eletromagnetismo da Universidade Federal de Santa Maria.

MATERIAL INTRODUTÓRIO DE ÓPTICA

Segue um link de um material disponível em meu site, porém o recomendo para quem quer ir um pouquinho além na introdução ao estudo da óptica geométrica.
Aqui temos dois itens que são pouco abordados nos livros didáticos:

  • Um objeto verde realmente reflete apenas luz verde? (a resposta, ao contrário do que quase a totalidade dos livros de física básica diz, é que não)
  • Se um objeto está com uma velocidade qualquer se aproximando de um espelho plano com velocidade qualquer, como calcular a velocidade da imagem?

A resposta está aqui:

http://professordanilo.com/teoria/notas_de_aula/OPTICA-0.2.pdf

Se tiver dúvidas no material ou encontrar erros, compartilhe aqui.

Espero que ajude alguém.

 

 


Playlist da Univesp sobre Física Moderna

Recomendo assistirem a playlist a seguir, sejam professores, alunos ou curiosos. Mesmo que apenas para conhecer um pouco mais sobre essa magnífica área do conhecimento humano.

 

Material CEC – Poliedro Itatiba (Desde 2016)

Neste post estou disponibilizando todos os materiais que estou produzindo desde o ano de 2016 para o curso pré vestibular de Itatiba, o CEC – Poliedro.

Alunos e usuários em geral, fiquem a vontade para perguntar, criticar, elogiar e pedir ajuda em algum conteúdo específico.

Aperte a tecla “End” se quiser postar algum comentário (como dúvidas, erratas, e outros). Observo que os arquivos antigos não serão revisado e portanto erros não serão corrigidos. Este post é para manter um histórico do material e se você não for meu aluno e quiser este material para estudar, recomendo que use os arquivos mais recentes, caso já disponível.

UMA MUDANÇA IMPORTANTE ESTÁ OCORRENDO AQUI: no ano de 2016 eu dava aulas no curso diurno que tinha mais tempos (maior número de aulas e aulas maiores). Tendo em vista que este ano estou com a turma do noturno quinzenada, teremos menos tempo e por isso colocarei apenas slides principalmente de conteúdos que considero importante o bastante para passar, mas não o bastante para priorizar no pouco tempo que temos em aula.

Acredito que muitos dos meus alunxs trabalham, por isso disponibilizo estes materiais para tentar evitar que elxs percam tempo pesquisando na internet. Nestes materiais teremos exercícios resolvidos e conteúdos teóricos também.


 

CEC – Poliedro Itatiba 2017

Diferente do que fiz no ano passado, neste ano disponibilizo apenas um link para uma pasta compartilhada do DropBox. Divirtam-se:

https://www.dropbox.com/sh/ywqv5sv1nntqz7l/AAAROsEobBz5hOl4Hv5sezHca?dl=0


 

CEC – Poliedro Itatiba 2016


Material Elite Campinas (Desde 2016)

PARA FACILITAR, VÁ PARA A PÁGINA DA FÍSICA:

http://fisica.professordanilo.com

Aperte a tecla “End” se quiser postar algum comentário (como dúvidas, erratas, e outros). Observo que os arquivos antigos não serão revisado e portanto erros não serão corrigidos. Este post é para manter um histórico do material e se você não for meu aluno e quiser este material para estudar, recomendo que use os arquivos mais recentes, caso já disponível.


ELITE CAMPINAS 2018 

1$^o$ EM

Material primeiro colégio 2018

2$^o$ EM

Material segundo colégio 2018

3$^o$ EM

Material Terceiro colégio 2018

PRÉ VESTIBULAR

Material pré-vestibular 2018

 

 


 

ELITE CAMPINAS 2017 

 

1$^o$ EM

Material primeiro colégio 2017 e folhas preenchidas AQUI!

2$^o$ EM

Material segundo colégio 2017 e folhas preenchidas AQUI!

3$^o$ EM

Material Terceiro colégio 2017 e folhas preenchidas AQUI!

PRÉ VESTIBULAR

Material pré-vestibular 2017 e folhas preenchidas AQUI!

 


 

ELITE CAMPINAS 2016 

Neste post você poderá baixar todo o material de física que desenvolvi para uso no curso e colégio Elite Campinas.

Material Rec TODAS as turmas

1$^o$ EM

Material primeiro colégio 2016

2$^o$ EM

Material segundo colégio 2016

3$^o$ EM

Material Terceiro colégio 2016

PRÉ VESTIBULAR

Material pré-vestibular 2016

3$^o$ EM

Experimentos feitos com o terceiro ano: aula de ótica.

O EXPERIMENTO

20160520_214555 20160520_214604 20160520_214611

RESULTADO DO EXPERIMENTO

20160520_214527

20160520_214415

20160520_214531

Você pode ver o experimento que inspirou esta aula aqui

PRÉ VESTIBULAR

Gifs usados em Aulas

1 2 3 4 5 6

 

 

 

 

 

 

 

output_hp63Jv

TODAS

 

 

 

 

MOVIMENTANDO

 

 

 


Energia cinética dissipada em uma colisão

OBSERVAÇÃO: neste post não vou me ater aos detalhes do problema fazendo desenhos e representações, uma vez que meu objetivo é documentar uma demonstração de um problema que julgo difícil se feito por meios convencionais (teria que se resolver um sistema grande).

Aqui vou falar de forma geral sobre problemas que perguntam qual a energia dissipada em uma colisão entre dois corpos, que são bastante comuns. Demonstrar a equação abaixo usando sistemas é muito trabalhoso, assim vou apresentar uma alternativa para prová-la com muito menos trabalho.

Energia dissipara na colisão entre dois corpos: $$E_{dissipada}=\frac{\mu}{2}(v_2-v_1)^2(1-e^2)$$ sendo \(\mu\) a massa reduzida do sistema constituído de duas massas \(m_1\) e \(m_2\) (massa dos corpos que sofrem colisão), \(v_1\) e \(v_2\) as velocidades dos corpos 1 e 2, respectivamente, antes da colisão e e o coeficiente de restituição elástica.

Usamos a massa reduzida do sistema para obter uma equação mais simples, mas a massa reduzida é dada por: $$\mu = \frac{m_1 \cdot m_2}{m_1 + m_2}$$ e caso não se lembre (ou não saiba) o coeficiente de restituição elástica e é dado por: $$e=\frac{v_1′-v_2′}{v_2-v_1}.$$ Aqui \(v_1′\) e \(v_2′\) são as velocidades dos corpos 1 e 2, respectivamente, após a colisão. Vale destacar aqui que não estamos trabalhando com os módulos das velocidades, mas sim com os valores escalares destas e estamos considerando uma colisão unidimensional.

Vou considerar dois problemas distintos:

  1. dois corpos com velocidades iniciais \(v_1\) e \(v_2\) que colidem inelasticamente e unidimensionalmente, com velocidade final \(v_3\);
  2. dois corpos com velocidades iniciais \(v_1′\) e \(v_2′\) que colidem inelasticamente e unidimensionalmente, com velocidade final \(v_3′\).

Isso mesmo, a segunda situação remete aos caso de uma colisão na qual dois corpos de massas \(m_1\) e \(m_2\), respectivamente, com velocidades \(v_1′\) e \(v_2′\), iguais às velocidades finais do problema que queremos realmente resolver. Vamos lá:

PRIMEIRO CASO

A quantidade de movimento do sistema deve se conservar, então, na forma escalar (isto é, considerando que as velocidades podem ser positivas ou negativas), temos a quantidade de movimento do sistema dada pot: $$Q_0 = m_1 \cdot v_1 + m_2 \cdot v_2.$$ Agora, como a colisão é inelástica, a velocidade dos dois corpos serão iguais à \(v_3\) e a quantidade de movimento final será $$Q_f=(m_1+m_2) \cdot v_3.$$

Como a quantidade de movimento se conserva, \(Q_0=Q_f\), ou seja:

$$m_1 \cdot v_1 + m_2 \cdot v_2=Q_f.$$

Isolando \(v_3\):

$$v_3=\frac{m_1\cdot v_1+m_2 \cdot v_2}{m_1+m_2}.$$

Como a colisão é perfeitamente inelástica, vamos calcular a energia dissipada neste sistema. Temos que fazer um tantinho bom de cálculo, então vou pular algumas etapas, mas sugiro que as faça em um papel. Temos então que a energia dissipada \(E_{dissipada}’\) é: $$E_{dissipada}’=E_{cin_{inicial}}-E_{cin_{final}}.$$ Substituíndo os dados temos: $$ E_{dissipada}’=\frac{m_1\cdot v_1^2}{2}+\frac{m_2\cdot v_2^2}{2}-\frac{(m_1+m_2)v_3^2}{2}.$$

Substituindo \(v_3\) encontrado anteriormente: $$E_{dissipada}’=\frac{m_1\cdot v_1^2}{2}+\frac{m_2\cdot v_2^2}{2}-\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;$$   $$\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\frac{m_1 + m_2}{2} \left ( \frac{m_1\cdot v_1^2+m_2 \cdot v_2^2}{m_1+m_2} \right )^2. $$

Fazendo a expansão chegaremos à: $$E_{dissipada}’=\frac{m_1 \cdot m_2}{2(m_1 + m_2)}\cdot (v_1^2-2v_1v_2+v_2^2)$$

$$\Rightarrow E_{dissipada}’=\frac{m_1 \cdot m_2}{2(m_1 + m_2)}\cdot (v_1-v_2)^2.$$

Substituindo pela massa reduzida \(\mu\) descrita acima, obtemos: $$E_{dissipada}’=\frac{\mu}{2}\cdot (v_1-v_2)^2.$$

SEGUNDO CASO

Como todos os procedimentos são análogos ao anterior, o resultado do segundo caso será semelhante: $$E_{dissipada}”=\frac{\mu}{2}\cdot (v_1′-v_2′)^2.$$

CASO EM ESTUDO

Nosso caso de interesse não é nenhum dos dois, porém podemos entender o caso de uma colisão qualquer como sendo os dois anteriores, porém o últimos visto em ordem reversa. Tentarei explicar isso melhor.

Durante a colisão, vai haver um momento em que ambos os corpos atingem velocidades iguais, e neste caso temos que ambos se movem com velocidade \(v_3\) (observe que estamos discutindo o que ocorre durante a colisão, mas que normalmente apenas nos interessamos no que ocorre antes ou depois). Nesse instante a energia cinética se reduziu de \(E_{dissipada}’\) conforme o primeiro caso acima, porém ela não necessariamente foi dissipada em calor: um parte fica na forma de potencial elástica devido à deformação dos materiais envolvidos. Se a colisão é perfeitamente inelástica, esta é a energia dissipada; se a colisão é perfeitamente elástica, toda esta energia se transforma em energia potencial elástica que voltará a se transformar em energia cinética.

Após a colisão, a energia disponível é \(E_{dissipada}’\), porém a parte que se transforma em energia cinética é a \(E_{dissipada}”\) discutida no segundo caso, pois esta é a máxima energia cinética que o sistema do caso dois teria para perder (aqui é o ponto chave e se não entendeu, releia o texto ou tente imaginar o que ocorre).

Assim, a energia realmente dissipada será: $$E_{dissipada}=E_{dissipada}’-E_{dissipada}”\Rightarrow $$

$$E_{dissipada}=\frac{\mu}{2} \left ( (v_1-v_2)^2-(v_1′-v_2′)^2\right ). $$

Usando o coeficiente de restituição elástica e para fazer a substituição \(v_1′-v_2’=e(v_1-v_2)\), obtemos: $$E_{dissipada}=\frac{\mu}{2} \left (  (v_1-v_2)^2-(e(v_1-v_2) \right ) ^2\Rightarrow $$ $$E_{dissipada}=\frac{\mu}{2} (v_1-v_2)^2(1-e^2).$$

Isto era exatamente o que queríamos obter.

Material de Estudo Gratuito

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